quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Fútbol, futebol, fussball, soccer, e por ai vai..


Quem mora perto do Estádio do Morumbi, do nosso querido estádio do São Paulo Futebol Clube sabe o que é nascer escutando o eeeôôôÔ EEeôôôÔôô da galera. Lembro-me uma vez quando era pequena que resolvi gritar um ¨tricolor¨ de dentro da minha casa enquanto passava um ônibos cheio de corinthianos na rua. Foram latas e mais latas voando para dentro da varanda, uma loucura. Já na faculdade entrei para o time oficial, como reserva claro, afinal eu parecia mais um bambi saltitando pela quadra do que uma verdadeira jogadora como aspirava ser.
Meu melhor amigo, tricolor rooooxxxooooo, também teve sua contribuição para que esse amor continuasse florescendo dentro de mim. Como era sócio, me levava a cada jogo para ver o nosso time ganhar de goleada. Depois, já nos últimos anos da Universidade era um outro amigo muito querido que me arrastava ao Morumbi, e que acabou me apelidando de pé frio (é, acho que a combinação Rafinha – Carol não trouxe muita sorte para nosso amado time) mas nem por isso deixávamos de ir juntos, rostinho colado no meio da ¨arquibancada para sentir mais emoção¨, como diriam por ai.
Mas daí para virar jornalista especializada no ramo havia um longo caminho que eu nem pensava em trilhar. Imagina só escrever todo o tempo de futebol? Não era para mim não. Mas quem disse que murphy perdoa este tipo de comentário? Ele esta ali, obviamente esperando um passe mal feito da minha parte para entrar e marcar seu gol.
Na redação geralmente fazemos duas rodagens. Eu, toda espevitada, já queria fazer o mais variado número de temas possíveis, um para cada sabor e cor do dia. Foi ai que com ar ingênuo aceitei o que não teria como dizer não: o papel impresso de uma notícia de esportes na minha mesa com uma frase muito carinhosa da minha chefe que dizia algo como, ¨vai que é sua Carol!¨
Depois disso parece que tudo estava premeditado: o responsável de esportes de Madrid resolveu elogiar minha matéria e assim minhas duas reportagens diárias se tornaram uma, com a outra obrigatoriamente no Camp Nou. O que no começo foram suspiros meus pelo elogio que me fizeram, acabaram se tornando milhares de ligações da central de Madrid.
- Vc conseguiu falar com o Messi? E o Laporta, falou algo da moção de censura? Quê???? Você não sabe quem é o Bojan? Fica esperta que o Guardiola vai dar uma declaração SUPER importante e não podemos perder. Quando vi eu tava lá, empurrando segurança, jogador e câmera de qualquer emissora da concorrência para arrancar uma frasezinha chocha do Silvinho e fazendo uma mapa esquematizado de todos os passos do Eto´o.
Curioso é que em nenhuma outra sessão que estive os jornalistas variam tão pouco. São sempre os mesmo que estão lá, sofrendo por cada decisão dos técnicos e cada partido. É uma turma expert no assunto sem tempo ruim para minhas milhares de perguntas, que com certeza soavam como básicas para eles.
Por fim, o David responsável pela sessão de esportes em Barcelona voltou de seus infinitos dias de férias. Me deu um tapinha nas costas e disse:
-Ta viva brasileira?
- Estou David. Ainda mais porque você voltou. Mas.... pensando bem...posso cobrir o primeiro jogo da Champions quarta-feira que vem?
Que nada, ele é que ta morto de saudades da turma.

Um comentário:

verozacharias disse...

aqui gente administra a saudade como pode....rs.

love u too!
saudações corinthianas, rs!